Nos últimos anos, a adoção do trabalho remoto e híbrido trouxe flexibilidade e novos hábitos para os profissionais. No entanto, um novo movimento está ganhando força: empresas estão começando a utilizar a presença física no escritório como um critério para avaliação de desempenho e bonificação.
Segundo a pesquisa, companhias como Deloitte, Google e Tata Consultancy Services (TCS) estão vinculando a frequência presencial a bônus e incentivos financeiros. Funcionários que comparecem ao escritório por mais dias na semana podem receber melhores avaliações e compensações variáveis, enquanto aqueles que optam pelo home office acabam sendo penalizados.
Este cenário reacende o debate sobre os benefícios do trabalho remoto e híbrido. Enquanto algumas empresas argumentam que o presencial fortalece a cultura organizacional, melhora a colaboração e impulsiona a produtividade, muitos funcionários defendem que a flexibilidade no local de trabalho é essencial para seu bem-estar e equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
De fato, um estudo citado na pesquisa aponta que 40% dos profissionais nos EUA aceitariam uma redução salarial de pelo menos 5% para manter o trabalho remoto. Além disso, no Brasil, 54% dos trabalhadores presenciais gostariam de migrar para o modelo híbrido ou remoto, evidenciando que a flexibilidade é um fator determinante na escolha de um emprego.
Mas será que atrelar bônus à presença física faz sentido? Especialistas afirmam que remuneração variável deve estar ligada ao desempenho e às metas estratégicas da empresa, e não apenas à presença no escritório. Para muitos profissionais, essa exigência pode ser um fator decisivo para buscar novas oportunidades no mercado.
O futuro do trabalho segue em transformação, e empresas que não equilibrarem flexibilidade e produtividade podem enfrentar dificuldades para reter talentos. Enquanto algumas corporações tentam atrair funcionários ao escritório pelo bolso, muitos trabalhadores priorizam a liberdade de escolha e o impacto positivo do trabalho remoto em sua rotina.
Fonte: Forbes